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Campinas, SP, Brazil
Estudante de Teologia da FNB - Faculdade Nazarena do Brasil

domingo, 13 de março de 2011

CONCLAMAÇÃO À IGREJA DE CRISTO


Diante da onda de protestos que vem acontecendo, somos indagados acerca do papel da igreja em face de tais acontecimentos. Muitos líderes eclesiásticos preferem se calar a expor sua opinião, mas como representantes do Reino de Deus na Terra, tal posicionamento apesar de cômodo não é aquele que se espera, portanto, torna-se impossível assumir um papel de neutralidade, não podemos deixar que tal oportunidade passe despercebida, eis o momento propício...
Não é de hoje que observamos a tendência de grupos oprimidos em se rebelarem e expressarem sua indignação quanto à opressão que sofrem dos grupos dominantes, das mais variadas motivações surgem no palco da história protestos que viabilizam a expressão dos sentimentos de um determinado grupo social.
Historicamente o ano de 1968 é conhecido como o ápice de um processo de manifestações pela busca de interesses de grupos oprimidos, ainda que tenham ocorrido por diferentes motivações nos mais variados contextos geográficos. Ele foi também um marco para o desenvolvimento de diversos movimentos que sublinharam o final do século XX.
Observando o cenário mundial da atualidade, é impossível não traçar um paralelo entre o ano de 68 e os crepusculares acontecimentos que principiam o ano de 2011. Essa tendência ao protesto que parece aos olhos da igreja atual um tanto rebelde, levanta uma série de questões que dividem as opiniões entre as lideranças eclesiásticas, gerando um debate acerca do papel dos protestantes diante da revolução em curso na sociedade pós-moderna. Uma das indagações seria a respeito de uma participação mais efetiva da igreja, expondo e defendendo seus valores em face das distintas sociedades em que está inserida no âmbito global.
Este exercício apologético que nos remete as origens do protestantismo, trata-se de um movimento onde os líderes da igreja assumem o papel de conduzir os fiéis levando-os a militância em prol da expansão do Reino de Deus entre as famigeradas massas em destaque nos noticiários. No entanto, diante da diversidade de ministérios o que se percebe é a falta de coesão entre os protestantes, o que dificulta a viabilidade desse empreendimento.
Além dessa dificuldade, uma das principais objeções quanto a esse movimento é exatamente seu caráter revolucionário, por isso, os mais conservadores assumem uma postura cautelosa devido a possibilidade deste assumir um viés marxista, em uma luta não mais direcionada pela expressão de princípios bíblicos, respaldados por uma correta interpretação das Escrituras Sagradas buscando demonstrar seus valores; mas em um movimento utópico pela busca de uma sociedade nivelada por suas regras, anulando assim “as classes opressoras”, substituindo o caráter de luta pelos valores bíblicos em prol dos seus próprios interesses políticos, num movimento retrógrado que remete a Igreja Católica Romana da Idade Média.
  Portanto, cabe a cada um de nós, integrantes do Corpo de Cristo, assumir uma atitude de intercessão e ação, que revele o verdadeiro caráter da igreja, que é o de proclamar o evangelho do Reino de Deus e acolher vidas de pessoas que perderam a esperança diante do fracasso do homem em governar a si mesmo, em um esforço que fique mundialmente conhecido pela participação efetiva dos protestantes em alcançar os insatisfeitos levando-os a estarem sob o governo de Cristo.

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